Dia 31, WHATEVER WORKS - Woody Allen ao Ar Livre. Há lá melhor...

Fábrica da Cerveja, 22h, sócios 1€, não-sócios 3,5€ (ou Passe para os 10 dias por 20€).


O novo Woody Allen é um reencontro com o "velho" Woody Allen dos seus tempos áureos? Sim, mas não do modo que estão a pensar.

Tivesse Woody Allen assinado este "Tudo Pode Dar Certo" nos seus tempos áureos dos anos 1970 e 1980, talvez tivéssemos olhado para ele como um Allen menor e hoje estivéssemos à beira de uma reavaliação. Se tivesse sido rodado logo a seguir ao soberbo "Match Point", teríamos ficados convictos da ressurreição definitiva de um cineasta que andou um bocado aos papéis. Mas, como o vemos hoje, "Tudo Pode Dar Certo" é um dos "fogachos" pontuais que mostram ainda haver vida no velho mestre, aqui retomando de modo inspirado as coordenadas das suas velhas comédias nova-iorquinas a meio caminho entre o "screwball" clássico do neurótico à deriva e o romantismo terminal da busca do amor e do sentido para a vida.
Claro que o "herói" nominal, aqui interpretado por Larry David (ele de "Calma, Larry!" e "Seinfeld"), é basicamente, mais uma vez, Allen ele próprio mal disfarçado, mesmo que David empreste ao seu físico resmungão e misantropo uma "patine" confrontacional que o realizador dificilmente conseguiria invocar. Claro que o romance central (entre David no papel de um intelectual resmungão e uma soberba Evan Rachel Wood no papel de uma ingénua sulista caída de pára-quedas em Nova Iorque de quem ele vai ser um misto de mentor intelectual e amante incrédulo) parece decalcado de outros filmes (lembrámo-nos de "Manhattan", "et pour cause"). E, apesar (ou se calhar por causa) do soberbo trabalho fotográfico de Harris Savides, todo feito de subtis variações de luz e sombra, há muito de teatral nesta encenação do que, descobre-se entretanto, era um guião antigo que tinha ficado por rodar "na gaveta".


"Tudo Pode Dar Certo" é, então, uma história contemporânea de "Manhattan" que Allen, paradoxalmente, escrevera originalmente a pensar num actor específico (o comediante Zero Mostel, que recordamos, por exemplo, dos "Producers" originais de Mel Brooks, "Por Favor Não Mexam nas Velhinhas"), e que recuperou, reviu e actualizou para este filme. É isso que explica, ao mesmo tempo, o regresso das piadas imparáveis de "nonsense" "vintage", e a amargura singular dos seus últimos filmes que vem colorir o conjunto, como se "Tudo Pode Dar Certo" fosse uma síntese contemporânea dos Allen "clássicos" e "modernos" - o que esbarra logo a seguir na constatação de que os melhores dos Allen "modernos" ("Match Point" à cabeça de um pequeno contingente) são variações com maior ou menor originalidade sobre os seus motivos clássicos.

Mas isso, contudo, não nos deve afastar do essencial. E o essencial é que "Tudo Pode Dar Certo" vai reconfortar todos aqueles que achavam que Allen já não tinha nada a dizer e reacender a esperança (mesmo que vã) de ainda haver um "Manhattan" no veterano autor. Este filme não é, claro, outro "Manhattan", mas já ficamos contentes por ser outro "Balas sobre a Broadway". Afinal, tudo pode mesmo dar certo...
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Jorge Mourinha, Público


Deve haver uma maneira de usar a palavra "zelig" para explicar este fenómeno: quem se aproxima muito de Woody Allen, transforma-se em Woody Allen. O fenómeno é verificável em incontáveis filmes e, normalmente, não passa despercebido. Aliás, costuma servir para identificar os representantes, os "duplos", de Woody Allen dentro dos filmes que ele realiza mas não interpreta. A sua acção é tão poderosa que dispensa pré-requisitos baseados em semelhanças físicas e afinidades geográficas ou de "background" cultural - mesmo John Cusack, jovem e moreno, e Kenneth Dranagh, inglês e louro (e ambos cabeludos), já se transformaram em Woody Allen, angustiaram¬-se como ele, gesticularam como ele, falaram como ele.

Nem as mulheres escapam, naturalmente - Mia Farrow, por todas as razões, praticou a arte do woodyallenismo de saias como ninguém (chegámos a temer que o fenómeno actuasse para além das câmaras), mas até Scarlet Johansson se deixou contagiar.


Particularidade da componente física do humor - do cinema - de Woody Allen: o físico, nele, é "plasmável", transferível para outros. Nem Chaplin, nem Keaton, nem os Marx, nem Jerry Lewis, nem Tati, se transferiram assim para outros corpos (Tati, é verdade, trabalhou duplos do Sr. Hulot, mas como multiplicação, não como substituição). É como se, consciente do excesso da sua imagem - do excesso de tipificação, do excesso de identificação criado por ela - Woody Allen se sentisse na necessidade de a matizar, de a dissolver noutros corpos e noutros actores. Um freio no narcisismo. Ou justamente o contrário, uma fé infinita nos seus dotes frankensteinianos, espécie de desafio aos deuses: tragam-me qualquer actor do mundo, e eu recriá-Io-ei à minha imagem.


O pensamento mágico, de resto, é praticado pelo protagonista de "Tudo Pode Dar Certo" (título que, já agora, é muito mais optimista do que o original: "whatever works", "seja lá o que for que dê certo", "seja lá o que for que funcione"), que com a ajuda dos ares nova-iorquinos transforma sulistas retrógrados (os pais da mulher) em cosmopolitas de cabeça livre. Mas resiste, o protagonista, ao pensamento mágico de Woody Allen. Mais propriamente, o actor que interpreta o protagonista, Larry David. Careca e judeu como ele (além de velho cúmplice), talvez os aproximem demasiadas coisas para que David aceite de bom grado submeter-se ao fenómeno de woodyallenização. Figura vertical, recta, inventa uma perna manca para a personagem, serve-se de gestos rígidos de declamador ("Whatever Works" é quase "stand up comedy") e pratica o verbo sem hesitações, em rajadas directas ao alvo. Em vez da insegurança típica da "persona" alleniana, Larry David é todo certezas e altivez. Como Woody Allen, mas sem o verniz. É falso, portanto, que ''Whatever Works" não descubra nada de novo: descobre um Mr Hyde para o Dr. Woody Allen. Que tamanha descoberta não seja subestimada.

Sabemos que Larry David é o MrHyde de Woody Allen porque reconhecemos nele Woody, já não nos gestos, já não na oralidade, mas no intelecto e nas idiossincrasias. Na maneira de ver o mundo e de pensar na vida. O fenómeno de apropriação física transforma-se num fenómeno de apropriação telepática. Woody Allen não é um corpo, Woody Allen é uma ideia. Seja lá como for que funcione, continuar a surpreender-nos por -de vez em quando - funcionar tão bem.
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Luís Miguel Oliveira, Público


Larry David... it works
Woody é um pretendente a intelectual com muito talento, Larry é um génio sem pretensão que nunca veria um filme de Bergman. Allen encarna os problemas dos burgueses; David é a vingança do proletário. Allen não consegue dizer o que Larry diz. Terá sido isso que o levou a escolher o "enfant terrible" da comédia americana?

Já vimos "isto" em filmes de Woody Allen: um sujeito misantropo fala connosco, público, para nos contar a sua história, e pelo meio vai zurzindo contra o resto da humanidade porque esta é burra e irracional, sendo que aqui e ali as suas obsessões e hipocondria lhe provocam uns achaques, o que o leva a dar por si a achar que mais minuto menos minuto vai morrer.


"Isto" é quase assim em "Tudo pode Dar Certo", de Woody Allen. É de novo uma comédia, de novo com uma personagem principal misantropa - desta feita um ex-físico que esteve "quase a ganhar o Nobel". Este "quase a ganhar o Nobel" é deliciosamente Woody Allenesco: sendo, para os patamares comuns, um sinal de sucesso, é, neste universo, medida de um falhanço. E o número de vezes que este "quase" é repetido no filme funciona como tropo para o rancor que move esta personagem que odeia a humanidade e de vez em quando pensa em pôr cobro à vida.

Essa personagem, que detesta sexo, se anuncia constantemente como génio mas age como falhado, está constantemente a insultar toda a gente mas no fim encontrará uma espécie de redenção, tal como as restantes personagens, o que torna "Tudo pode Dar Certo"/ "Whatever Works" uma das fitas mais "felizes" de Woody Allen, um caso raro em que as personagens aceitam as mudanças da vida. E quem foi o escolhido para desempenhar o papel desse homem que também aceita "whatever works"? O grande "enfant terrible" da comédia americana, o homem que nos últimos anos melhor escreveu sobre pessoas que nunca mudam e são incapazes de ser felizes, Larry David.

Semelhanças e diferenças
Larry David é um mestre da auto-depreciação, da paranóia, da hipocondria e da neurose, como é notório nas duas pérolas de humor televisivo que criou, "Seinfeld" e "Curb Your Enthusiasm". Visto assim, Allen, ao fazer a escolha do actor, ter-se-ia limitado a encontrar o melhor prolongamento de si próprio que encontrou.
Mas David, por mais que seja um herdeiro do humor de Woody Allen, e partilhe com ele um mundo mental de insegurança pessoal, fobias e pânico da morte, tem voz própria e está longe de ser um magrelas tremeliquento por quem as mulheres nutrem um sentimento de maternidade. Quando muito as mulheres nutrem sentimentos maternais pelas pessoas que David insulta nas suas séries.


Na realidade, há tanto mundo a unir Allen e David como a separá-los - o que nos leva a perguntar se David será uma escolha tão óbvia, ou, por outra, qual a intenção de Allen ao contratar David para um filme seu. Para perceber isto, é preciso olhar com atenção para as semelhanças e as diferenças.

Comecemos logo pelo óbvio: a expressão corporal do autor de "Annie Hall" não respira o mesmo veneno que a de Larry David. Allen gagueja, fala baixo, não diz palavrões, é incapaz de um acto de machismo. David, em "Curb Your Enthusiasm", sobe o tom de voz, irrita-se, os seus gestos são bruscos e mal-educados, tem as atitudes mais mesquinhas em situações em que Allen seria submisso.

O limite do humor de cada um é igualmente diferente. Em "Curb Your Enthusiasm", série em que Larry David faz de Larry-David-autor-da-série-Seinfeld, raia-se bastas vezes o possível mau gosto, mas não de forma gratuita - Larry coloca-se nas mais terríveis situações, de modo a testar qual o limite daquilo que tem piada, como se perguntasse: até onde é que o humor pode chegar?

Para dar um exemplo e da forma mais sucinta possível: num dos episódios da série uma ex-namorada de Larry diz-lhe que está a pensar ir a uma reunião dos Abusados Anónimos. Como Larry foi a única pessoa a quem ela alguma vez contou que foi abusada, quer que ele a acompanhe. Larry não quer ir, mas não sabe como dizer não. Ao fim e ao cabo estamos a falar de abuso. Larry vai e o início da sessão é coisa que faz muita gente virar a cara e outra tanta gente desatar a rir à gargalhada.

O grupo de "abusados" está numa roda, como nos Alcoólicos Anónimos, e uma mulher começa a contar a sua história. O caricato é que a história dela não só é interminável como envolve os mais disparatados pormenores, como o dos primos que nunca se deram bem e andavam sempre à bulha, excepto quando a violavam - aí eram muito amigos e até se revezavam a guardar a porta para evitar serem apanhados.

Mas há pior: cada um dos elementos do grupo de "abusados" tem de contar a sua história. A dada altura pedem a Larry para contar a sua. Larry não tem história para contar. Mas confessar a razão porque ali está podia ser visto como um desrespeito pela gente que passou por abuso e podia levar a que a ex-namorada fosse posta fora, pelo que, sem saber o que fazer, ele inventa uma história. (Obviamente isto mais tarde vai-se voltar contra ele.)


O que há de curioso nisto é que a cara atónita de David, em pânico quando tem de falar do "seu" caso de abuso, redime qualquer limite que tivesse sido atravessado, porque - simplesmente - tem muita graça. Essa cara de pânico é uma das diferenças entre David e Allen: não que Allen não entre em pânico, mas ele está sempre pronto a "dialogar", a falar de "sentimentos". Nenhuma personagem escrita por Larry David fala de sentimentos ou gosta sequer de intimidade. Na realidade, por vezes nem sequer sabemos se as suas personagens têm sentimentos.

Noutro episódio, Larry ganha um vizinho novo, ex-actor porno que chama à sua casa "The house that cum built". Noutro ainda, um rapper pergunta a Larry "Do you eat pussy, Larry? You gotta eat pussy". O episódio envolve pêlos púbicos encravados na garganta.

Woody Allen nunca escreveria coisa assim e certamente detestaria estar na pele de Larry David que, desde que "Curb Your Enthusiasm" foi para o ar, tem sido atacado por uma data de gente nos EUA. No entanto, isso não acontecia quando estava à frente de "Seinfeld". É que em "Seinfeld" David era co-criador com Jerry Seinfeld, e Jerry sempre foi o homem que lidou com a indústria. Ao fim e ao cabo, "Seinfeld" era um programa "mainstream" e David tinha de ser domado, não podia dizer palavrões ou usar palavras como "pussy", razão pela qual escreveu todo um episódio sobre masturbação sem nunca usar a palavra "masturbação".

Isto é: David, quando à solta, liberta uma violência rara; quando domado, consegue ser "mainstream". "Seinfled" era tão "mainstream" que se tornou a série de humor mais rentável da história dos EUA. E era, com David domado, de uma dívida imensa para com Woody Allen, que aliás era referido na série.


As dívidas a Woody
Para quem não se recorda de "Seinfeld", relembremos: na série com o seu nome, Jerry Seinfeld era um humorista nova-iorquino que se desempenhava a si próprio, e passava os dias em casa, em conversas sobre coisa nenhuma com o seu misterioso vizinho Cosmo Kramer, o seu melhor amigo George Costanza e a sua ex-namorada Elaine Benes.
Cada uma das personagens tinha tiques neuróticos: Kramer era um grandalhão desempregado que assaltava o frigorífico de Seinfeld, tinha graves problemas de equilíbrio físico e era uma enciclopédia de conhecimento inútil. Elaine arranjava múltiplas razões para acabar as suas relações sentimentais, numa rara demonstração de incapacidade de crescer que, aliás, era partilhada por todas as personagens. E Costanza era o hipocondríaco com medo de mulheres e mentiroso compulsivo que, se não fosse um decalque das manias de Larry David, seria a melhor imitação alguma vez feita de Woody Allen.

Aliás, quando Jason Alexander, o actor que encarnou Costanza, fez a audição para o papel, achou que a sua personagem era uma variação do típico nova-iorquino neurótico tal como fixado por Allen, pelo que fez aquilo a que chamou "uma má e óbvia imitação" de Woody Allen. Só mais tarde se apercebeu que Costanza era decalcado da vida de Larry David, pelo que passou a imitar os gestos de David.

As dívidas de "Seinfeld" a Woody Allen não se ficam por aí: o universo de obsessões que escapam está lá, os diálogos non-sense idem, a hipocondria, o medo da morte, etc. Falta, isso sim, a conversa sobre "o sentido da vida", que aliás, com o desenvolver da série, se tornou cada vez mais rara, dando lugar a uma obsessiva decantação de todos os empecilhos diários que levam a que sujeitos neuróticos dêem tiros no pé por tudo e por nada.

Pelo que há basto universo comum, mas assinaláveis diferenças. Se nos lembrarmos de Costanza, a personagem decalcada de David, ele nunca lia um livro - ao passo que Allen é um literato. Allen põe todas as suas personagens masculinas a discutirem a natureza das suas relações com as mulheres, ao passo que as personagens masculinas escritas por David nunca partilham nada de íntimo, são, até, superficiais e tentam a todo o custo não perceber as mulheres.

Costanza era incapaz de manter um emprego e vinha de uma família "bas-fond" - ao passo que Allen é classe média alta e bem cedo tornou-se um comediante de sucesso que ia andar do metro à espera de ser reconhecido por mulheres com quem depois tinha sexo à conta da sua celebridade. Já David, diga-se, só encontrou o sucesso aos quarenta e muitos, numa altura em que estava quase a ir viver para o meio da rua. David nunca frequentaria os meios artísticos que Allen tanto preza. O que é que os separa, afinal? Simples: diferença de classes.

No fundo Allen é um pretendente a intelectual com muito talento, o segundo é um génio sem pretensão, que nunca veria um filme de Bergman, muito menos citaria Heidegger. Allen encarna os problemas dos burgueses levados ao extremo; David é a vingança do proletário com demasiada cabeça para ser proletário: em "Curb Your Enthusiasm" subiu na vida, mas nem por isso consegue incluir-se na sua classe de gente de sucesso. A mesquinharia dos problemas diários está-lhe demasiado colada à pele.


Pelo que Allen não pode ou não consegue dizer o que Larry David diz, nem como o diz. E terá sido isso que o levou a escolhê-lo como seu protagonista: Allen está, através de David, a ser o que nunca conseguiu ser na tela, zangado, verdadeiramente zangado.

Na sua obra Allen nunca insulta ninguém na cara. Quando muito diz, na fila do cinema, a um desconhecido que as suas ideias sobre Marshall MacLuhan são um disparate. Com Larry David essa cena acabaria em berros, escândalo público e confronto físico, porque David nunca deixa escapar uma oportunidade para um insulto.

Pode aventar-se que Larry David é demasiado seco - ou "blunt", palavra inglesa que se adequa na perfeição ao seu estilo - para um filme de Woody Allen. Mas também pode argumentar-se que é essa crueza que traz novidade a um argumento clássico. Se quisermos podemos ir mais longe e dizer que Allen encontrou em David acesso privilegiado ao seu querido Id, o homem que lhe permite usar uma crueza de linguagem que nunca antes esteve presente na obra de Woody Allen.
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João Bonifácio, Público


Título Original: Whatever Works
Realização: Woody Allen
Argumento: Woody Allen
Direcção de Fotografia: Harris Savides
Montagem: Alisa Lepselter
Música: Roy B. Yokelson
Interpretação: Larry David, Evan Rachel Wood, Patricia Clarkson,
Ed Begley Jr., Adam Brooks, Lyle Kanouse
Origem: EUA/França
Ano de Estreia: 2009
Duração: 92’


EM COMPLEMENTO

CANÇÃO DE AMOR E SAÚDE, João Nicolau, Portugal/França, 2009, 30’


João é o único empregado visível no estabelecimento comercial Chaves Morais. É também o filho do proprietário e não se coíbe de se ausentar do serviço para auscultar o sopro imaterial do seu coração gastando moeda atrás de moeda na Máquina do Amor. Marta do Monte é uma estudante de Belas Artes portadora de uma inusitada encomenda. A chave que para ela João copia abre mais que uma porta.

Título Original: Canção de Amor e Saúde
Realização: João Nicolau
Montagem: João Nicolau, Francisco Moreira
Interpretação: Ana Francisca, Marta Sena, Norberto Lobo
Origem: Portugal/França
Ano de Estreia: 2009
Duração: 30’




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