o filme-escândalo: I'M STILL HERE. Joaquin Phoenix andou a gozar connosco. Porque é Carnaval ninguém leva a mal? 2ªf, 7, 21h30, IPJ.


site

A CRÍTICA DIVIDIDA

A FAVOR
Um registo daquela que é, discutivelmente, a mais longa e mediática manifestação artística de sempre, “I’M Still Here” responde finalmente à questão da anunciada retirada de Joaquin Phoenix do mundo do cinema para se dedicar a uma carreira no hip-hop ser, ou não, um embuste: a resposta acaba por ser um pouco de ambas.


O resultado é um absolutamente fascinante ensaio capaz de combinar dimensões de fama, estabilidade mental e amizade. Independentemente da opinião pública acerca de Phoenix uma característica que lhe é inegável é a sua ousadia; embora o produto final do filme acabe por estar, naturalmente, dependente do nível de interesse no voyeurismo apresentado pelo realizador, Casey Affleck, neste estranho e moderno psico-drama. Com estreia prevista para 10 de Setembro na América do Norte, após as antestreias nos festivais de Veneza e Toronto, o êxito de bilheteira de “I’m Still Here” dependerá da curiosidade do público na, tão publicitada, história de Phoenix e da capacidade deste e de Affleck manterem o secretismo em torno do filme.

Durante a conferência de imprensa em Veneza, Affleck sentou-se sozinho no pódio e respondeu habilmente a todas as perguntas que lhe foram dirigidas acerca do seu papel no filme: quando questionado acerca de como responderia a perguntas sobre o que é, ou não, real no filme, a resposta sucinta que apresentou foi “Elipticamente”. (Para que conste, também afirmou que Phoenix só aparece como argumentista nos créditos do filme devido a exigências regras da associação). Isto pode soar como um reconhecimento de que nem tudo é o que parece, o que pode ser reforçado pelos créditos finais que incluem uma listagens de personalidades identificadas como elas mesmas (Phoenix e Affleck, como é obvio, mas também Sean Combs e Ben Stiller, entre outros), assim como algumas pessoas chave que são apresentadas com nomes diferentes daqueles pelos quais foram chamadas no ecrã. O exemplo mais relevante é o de “Anton” ou “Anthony”, como é chamado durante a película, que é apresentado como assistente de Phoenix, mas que nos créditos finais aparece não como “ele mesmo” mas como “Antohny Langdon” um actor pouco conhecido com participações em filmes como “Todd Haynes” e “Velvet Goldmine” (outro filme sobre a fama e a mistura de realidade e ficção).

No que respeita à narrativa, o filme acompanha cronologicamente o que aconteceu a partir 2008, quando Phoenix anunciou que “Two Lovers – Duplo Amor” seria o seu último papel no cinema e que daí em diante pretendia dedicar-se a uma carreira como rapper. Por entre uma mistura de imagens de arquivo de noticiários, reportagens e programas, televisão (incluindo a sua aparição no “The Late Night Show With David Letterman” que foi mostrada na integra), videos do Youtube e mais material privado filmado pelo amigo e cunhado, Affleck, a história inicia-se com Phoenix a dizer que já “não quer mais representar a personagem Joaquin”.

O resto não é completamente real, nem é completamente ficção a julgar pelas evidências apresentadas ao longo do filme. Filmagens creditadas a Affleck e Magdalena Gorka, assim como a uma serie de outros operadores de câmera, mostram aquilo que parece ser um Phoenix – com quase mais 20 kg que o seu peso habitual – numa espiral progressivamente decadente: entre charros, cocaína e festas com prostitutas.

Após uma actuação de rap particularmente má num bar – que acentuou, ainda mais, a questão de “será ele está mesmo a falar a sério?” ao ser difundido na internet – Phoenix decide tentar um encontro com Combs, na esperança de que a estrela do hip-hop o ajude a produzir o seu álbum de estreia. Assiste-se também a um encontro com Ben Stiller, que quer tenha sido planeado ou não, coloca a piada deste na noite dos Óscares acerca de Phoenix parecer um trabalhador de um “laboratório de metanfetaminas hasídico” num novo patamar.

Quando vaza a informação de que a imagem e comportamento de Phoenix são um estratagema para ajudar o filme de Affleck, o actor começa a suspeitar que Anton o possa ter traído. O confronto entre os dois culmina numa cena, pouco menos cómica e perturbadora do que a mítica cena de “naked wrestling” em “Borat”; na verdade, “I’m Still Here” poderia ser interpretado como uma variante do método de filmar popularizado por Sacha Baron Cohen nos filmes “Borat” e “Bruno”.

Só que parece existir algo de mais trágico, problemático e perturbador, sugerindo que aquilo por que passou Phoenix é não é muito diferente do percurso de Sam Fuller em “Schock Corridor”(1963). Ao fingir ser louco, Phoenix pode ter efectivamente enlouquecido, ao passar demasiado tempo na pele daquela personagem (numa exacerbação descontrolada do método na representação) arruinando ou, pelo menos, prejudicando temporariamente a sua carreira, durante esse processo.

As audiências não poderão deixar de interrogar-se sobre quem estaria a par brincadeira (se é que se tratou de uma brincadeira). É sugerido, no final do filme, que tanto Stiller como Combs seriam dois colaboradores, tal como a publicista de Phoenix, Sue Patricola, que não foi capaz de conter um pequeno sorriso durante a aparição do actor no “Late Show”: mas estaria o próprio Letterman a par do que se estava a passar? Se Phoenix estava realmente em controlo da sua personagem quando apareceu no conhecido talk show, então podemos dizer que teve um desempenho, verdadeiramente, impressionante – talvez o seu melhor até à data – senão permanece como um espantoso momento de autoimolação na televisão ao vivo e em directo.

Ou talvez a verdade seja que existe um Phoenix real e uma versão construída e “I’m Still Here” seja o momento em que ambos convergem, como num diagrama de Venn.

.
Variety




CONTRA

"O que é verdade? O que não é? É isso que faço: testo o modo como os outros lidam com a realidade."

Podia ser Joaquin Phoenix (ou o seu realizador, Casey Affleck) a falar de "I'm Still Here" , o falso documentário sobre a muito falada "retirada" do cinema do actor para se dedicar a uma carreira musical de "rapper". Mas não: é uma citação de Andy Kaufrnan, o lendário comediante desconstrucionista americano que, na transição dos anos 1970 para os anos 1980, levou a "stand-up comedy" às fronteiras do desconforto. Kaufman - biografado sob os traços de Jim Carrey no filme de Milos Forman "Homem na Lua" (1999) - levava a sua arte ao limite de não se conseguir perceber onde terminava a "performance" e onde começava a realidade, onde estavam os limites (ou a essência) da piada.

Joaquin Phoenix seria, então, o mais recente sucessor das experiências conceptuais de Kaufman, ao ponto de levar as suas explorações à possível destruição da sua carreira, em nome da reflexão sobre a natureza da celebridade e do delírio mediático que a rodeia. Durante quase dois anos, Phoenix retirou-se do olhar público para trabalhar numa carreira de "rapper" , anunciada como modo de expressão verdadeiro da sua arte, escape da "persona" pública de "Joaquin Phoenix", o actor de sucesso nomeado para o Óscar.

Nas primeiras imagens de "I'm Still Here", o actor diz estar cansado de representar essa "personagem" que seria a versão "social" de si mesmo. As escassas aparições em público durante este período - inchado, barbudo, desgrenhado, incoerente - culminaram numa presença no "talk-show" de David Letterman (retomada no filme) que, para o bem e para o mal, marcou o actor como excêntrico, frique ganzado que se deixara perder, na megalomania que a fama e o estrelato permitiam. Subentendendo-se (mesmo que nunca dizendo-o publicamente) que Joaquin poderia repetir o destino trágico do irmão River, falecido em 1993 sem nunca ter cumprido o seu potencial.

Ora, era precisamente essa fama e essa megalomania que Phoenix e o seu co-conspirador (e cunhado), Casey Affleck, ele próprio actor aclamado, queriam denunciar. O seu projecto performativo de Phoenix e Affleck implicava inverter os dados da situação. Em vez de fazer tudo para sustentar a celebridade, recusá-la, abandonar a imagem pré-existente e partir em busca de um "segundo acto" (negando, no processo, a afirmação de F. Scott Fitzgerald: "não existem segundos actos nas vidas americanas").

Numa paisagem mediática dominada pela curiosidade insaciável e voyeurista das revistas cor-de-rosa, pelo ciclo noticioso imparável dos canais de notícias de cabo e da internet de banda larga permanentemente ligada, num mundo onde os "reality-shows" televisivos fazem ponto de honra de explorar o deslumbramento de concorrentes capazes de tudo por 15 minutos de fama, como seria encarada a sua recusa assumida, a sua tentativa de fugir ao mundo real?

Falso documentário
A adaptação das técnicas de guerrilha performativa de Kaufman espelha urna verdadeira vontade de reflectir sobre o que significa ser famoso hoje, o tipo de escrutínio que isso implica, a possibilidade de escapar a esse olhar. E esse desejo reflecte-se no "tudo ou nada" que viu Phoenix pôr em risco a sua carreira, sem rede de segurança, sem a certeza de que uma vez revelada a verdadeira natureza da experiência, houvesse retorno possível. (E só isso já merece que tiremos o chapéu a Phoenix.)


Apresentar o resultado da experiência sob a forma de documentário é uma outra prova de inteligência, jogando com o facto de o género já ter há muito deixado de ser garantia de "realidade"/"veracidade". A ideia do "falso documentário" não é nova - alguns dos exemplos pioneiros são filmes como "Coming Apart" (1969) de Milton Moses Ginsberg, ou "This ls Spinal Tap" (1984) de Rob Reiner mas ao longo dos últimos anos tem-se tornado num elemento recorrente da gramática narrativa e visual do cinema "mainstream" e da televisão. Depois dos múltiplos falsos documentários de Christopher Guest ("Waiting for Guffman", 1996, "Donos de Esti¬mação", 2000, "A Mighty Wind", 2003), os filmes de Larry Charles com Sacha Baron Cohen ("Borat", 2006, e "Brüno", 2009) trabalharam essa gramática numa linhagem directamente herdada de Kaufman, diluindo as fronteiras entre ficção e realidade', Por seu lado, quase todos os "reality shows" rodados em exteriores (de "Survivor" às "Real Housewives" de onde quer que seja) exploram a forma, e séries de ficção como "Uma Família Muito Moderna" usa a estética como parte integrante do seu conceito.



Mas tem sido dentro do cinema de género que a aparência formal do documentário tem sido melhor trabalhada. “O Projecto Blair Witch” (1999) de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez serviu como “matriz” retomada em filmes como ''Actividade Paranormal" (2009), de Oren Peli, "Rec” (2007), de Jaume Balagueró e Paco Plaza ou "Diário dos Mortos" (2007), de George A. Romero, usando as convenções do docu¬mentário como amplificador da lógica narrativa do filme, mas sempre dentro de um quadro assumidamente ficcional.

Ora, a partir do momento em que o próprio formato do documentário pode ser manipulado para apresentar uma ficção, isso levanta nos espectadores a dúvida metódica sobre a veracidade daquilo a que estão a assistir. O que Affleck e Phoenix fazem é transpô-lo para um plano puramente dramático e realista, assumidamente sério, mais próximo de uma experiência radical como "Morte de um Presidente" (2006), de Gabriel Range, jogando com a percepção pública de que um documentário não é, já, um mero registo da realidade (como foi durante muito tempo entendido) mas apenas um outro tipo de mediação/tradução da realidade.

Cinismo?
Essa dúvida metódica sobre a veracidade do "ano perdido" de Joaquin Phoenix, contudo, abre o flanco a acusações de cinismo e sobranceria. A reflexão que se quer instigar nasce de uma genuína vontade de levantar questões sérias, ou é apenas consequência de uma partida de universitários irresponsáveis (um "Jackass" teórico, se quisermos) que ganhou vida para lá da ideia original? E não é uma questão casual: nestes dias em que os "reality shows" televisivos "escrevem" a suposta realidade dos seus acontecimentos; será possível ainda olhar para um objecto como este acreditando na sua veracidade?


Após a apresentação fora de concurso do filme no festival de Veneza, em Setembro, Casey Affleck mostrou-se relutante em responder abertamente à pergunta. Mas invocou, pelo meio das elipses com que respondeu, a presença tutelar de Gus van Sant (a quem, aliás, se agradece no genérico final). "As coisas têm de se revelar sozinhas" - essa terá sido a grande lição que o actor/realizador tirou da rodagem de "Gerry" (2001), e isso acabou por ser uma "pista" para quem quisesse olhar para o filme com olhos de ver e reconhecer nele os sinais de uma sátira radical levada às últimas consequências.

Quando revelou a verdade ao jornal "New York Times", pouco após a estreia americana, Affleck confessou que achava óbvio para qualquer espectador atento que se tratava de uma ficção - "a questão da realidade não era algo que eu achasse que iria existir depois das pessoas terem visto o filme". Mas talvez tenha sido esse o erro de cálculo que deita a perder "I’m Still Here". Para o bem e para o mal, a exigência de concentração que o cinema coloca, pela própria natureza do seu dispositivo, não se compadece com a estrutura mais fluida a que nos habituámos na televisão e na internet. O grande écrã presta-se, naturalmente, a formas narrativas de maior fôlego, enquanto a televisão abre espaço a formatos e construções mais curtas e económicas.

Também por isso, "I’m Still Here" não resulta no grande ecrã porque, à imagem dos "Borat" ou "Bruno", sentimos que esta sucessão de episódios autónomos não constrói um fio condutor linear que sustente uma duração de longa-metragem. O essencial do que aqui se joga não pede o "larger-than-life" da sala de cinema, mas sim o permanente bombardeamento informativo que permeia o nosso quotidiano nos ecrãs do televisor, do computador, do telemóvel. Affleck e Phoenix não compreenderam que o seu projecto, pela sua própria natureza, era algo mais multimediático, que vivia no constante limbo de rumores e incertezas do ciclo noticioso de 24 horas do que na limitação do grande écrã. Não porque este tipo de experiências não tenha espaço no cinema, apenas porque se sente que quer a natureza quer o pormenor do seu projecto não foram pensadas às últimas consequências.

Não por acaso, a produtora formada por Affleck e Phoenix para efeitos do filme chama-se They Are Going To Kill Us Productions - como quem sabe à partida que o resultado vai fazê-los ser "persona non grata" junto do "establishment" que se pretende satirizar. Mas a maior decepção de "I’m Still Here" não é que o filme fique aquém dos seus propósitos: é que, enquanto a dúvida sobre a sua veracidade existia, o lema de Andy Kaufman sobre "testar o modo como os outros lidam com a realidade" fazia todo o sentido. A partir do momento em sabemos que nada é verdade, como se pode desafiar o espectador a lidar com uma realidade que não existe?
.
Jorge Mourinha, Público



JOAQUIN PHOENIX nasceu em Porto Rico e descobriu, desde muito cedo, o seu interesse pela representação participando em séries de televisão como “Hills Street Blues”, “The Fall Guy” e “Morningstar/Eveningstar”. O seu trabalho em televisão depressa o conduziu ao grande ecrã com “SpaceCamp” e a comédia “Parenthood”, de Ron Howard.
Anos mais tarde, Phoenix contracena com Nicole Kidman em “Disposta a Tudo”, de Gus Van Sant, seguido de “Inventing the Abbotts” e “U-Turn” de Sean Penn. Após as suas participações em “Return to Paradise”, com Vince Vaughan, e “Clay Pigeons”, segue-se um papel no thriller “8 mm” de Joel Schumacher. Pouco tempo depois, o actor consegue a primeira nomeação para os Oscars pela sua interpretação no galardoado “Gladiador” de Ridley Scott.
A par da aclamação da Academia, Phoenix conquista as nomeações para prémios de melhor actor secundário nos Globos de Ouro e nos BAFTAS, sendo premiado pela National Board of Review e pela Broadcast Films Critics Association – a última voltará a premiá-lo pelo seu desempenho em “Quills”.
“Nas Teias da Corrupção”, “Signs - Sinais” e “A Vila” são os filmes que se seguem.
Em 2006, Joaquin Phoenix recebe a sua segunda nomeação para um Oscar da Academia, desta vez, na categoria de melhor actor principal pela sua interpretação de Johnny Cash em “Walk the Line”. O papel valeu-lhe ainda o Globo de Ouro e nomeações nos prémios BAFTA, SAG, BFCA e Chicago Film Critics Awards.
A sua longa carreira de actor, inclui ainda interpretações em filmes como “It’s All About Love – O Amor é Tudo”, “Buffalo Soldiers – Polícias do Mundo”, “Ladder 49 – Brigada 49” e “Hotel Rwanda – Hotel Ruanda”. “Reservation Road”e “We Own the Night – Nós Controlamos a Noite” foram as suas últimas aparições no grande ecrã. No Outono de 2008, o actor anunciou a sua retirada do mundo da representação para se dedicar a uma carreira na música.

CASEY AFFLECK foi nomeado ao Oscar de Melhor actor Secundário pelo seu desempenho no filme “O Assassínio De Jesse James Pelo Cobarde Robert Ford”, e Andrew Dominik.
“The Killer Inside Me” (Michael Winterbottom), “The Last Kiss” (Tony Goldwyns) e “Gone Baby Gone – Vista pela Última Vez…”, baseado na obra homónima de Dennis Lehane e adaptado e realizado por Ben Affleck, foram alguns dos filmes em que entrou. Affleck teve ainda participações em “Virgil Malloy” e nos três filmes da trilogia Ocean, de Steven Soderbergh.

Argumentista e actor, Affleck apresentou recentemente o seu primeiro guião original para o filme animado “A Ardvark Art’s Ark”, do qual também será produtor executivo. O filme relata a aventura de uma família de animais que parte em viagem na Arca de Noé, enfrentando uma jornada repleta de perigos e aventuras. Em palco, Affleck estreou-se na peça “This Is Our Youth” de Kenneth Lonergan, onde actua ao lado de Matt Damon e Summer Phoenix.

Anteriormente Casey Afflleck tinha sido co-autor de “Gerry” de Gus Van Sant, onde contracena com Damon. Affleck teve ainda participações em “Good Will Hunting – O Bom Rebelde”, “Disposta a Tudo” e “Hamlet”. Outros filmes incluem “Lonesome Jim”, “Survivors”, os dois prímeiros títulos de “American Pie”, “Attention Shoppers”, “Comitted” Drowning Mona”, “Floating”, “200 Cigarettes”, “Desert Blue” e “Race The Sun”.
No pequeno ecrã, o actor participou na série da ABC “The Kennedys of Massachusetts” e no filme “Lemon Sky”, com Kevin Bacon. O filme “I’m Still Here” assinala a sua estreia como realizador.



Título Original: I´m Still Here
Realização: Casey Affleck
Argumento - Casey Affleck & Joaquin Phoenix
Interpretação: Joaquin Phoenix
Direcção de Fotografia: - Casey Affleck & Magdalena Gorka
Montagem: Casey Affleck & Dody Dorn, A.C.E.
Origem: EUA
Ano de Estreia: 2010
Duração: 107’
.
.

Sem comentários: