Dizemos adeus ao poeta António Ramos Rosa

Poucos saberão, mas um dos motivos de maior orgulho do Cineclube de Faro é poder contar, no conjunto dos seus sócios honorários, com o grande poeta de língua portuguesa, figura humanista e cidadão empenhado António Ramos Rosa. Natural de Faro, que deixou na sua juventude para de novo a ela retornar uns anos depois, antes de se instalar definitivamente em Lisboa, António Ramos Rosa foi um dos mais generosos sócios do Cineclube de Faro, associação na qual labutou e ajudou a firmar como um dos mais importantes cineclubes portugueses da sua época.

Foi em 1997 que pôde a Direcção do Cineclube fazer-lhe entrega em mão própria da medalha invocativa dessa condição de sócio honorário. Tal acto, integrado nos I Encontros de Cinema que se realizaram em Abril, foi registado pelas câmaras - as fotográficas e as audiovisuais, pois veio a constar do documentário de Diana Andringa sobre esta insigne figura, "António Ramos Rosa - estou vivo e escrevo sol".

Foi, para o Cineclube, um momento alto e muito grato - poder agradecer em presença as qualidades desta insigne figura que agora fisicamente nos deixou.

É assim com natural tristeza, reconhecimento e respeito que se redige esta pequena nota obituária; mas é igualmente com a convicção de que, como nunca nenhum grande poeta verdadeiramente morre, Ramos Rosa continuará vivo e a escrever sol em cada leitor que o for re/descobrindo em cada página dos seus livros.

À família do poeta a Direcção do Cineclube de Faro endereça as mais sentidas condolências.

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